O modo de ação de Bacillus Pumilus tem como base a inibição do desenvolvimento do patógeno na superfície foliar, além de ativar o sistema de defesa da planta. Esse antagonista age curativa e preventivamente, contra o desenvolvimento de oídios, míldios, ferrugens e outros patógenos em cereais, Hortaliças e Frutíferas (Coping, 2004, Bargabus et al., 2004).
Cucurbitáceas. A mancha aquosa (Acidovorax avenae subsp. citrulli) é responsável por grandes perdas de produção e depreciação dos frutos. Desde que Assis et al. (1999) relataram a ocorrência dessa doença no Rio Grande do Norte em 1997, têm sido assinaladas perdas entre 40 a 50%, atingindo até 100% em períodos chuvosos (Sales Júnior & Menezes, 2001). Os mesmos autores citam que as medidas eficientes para controle da doença são escassas e depois de introduzida em uma área, é de difícil erradicação. Em ensaios conduzidos in vitro, Santos et al. (2006), observaram que compostos lipopeptídicos produzidos por Bacillus Pumilus C116 inibiram o crescimento do agente causal da mancha-aquosa em plântulas de melão por meio do tratamento de sementes, sugerindo a provável eficácia deste tratamento para prevenção da doença em campo.
Soja. Bacillus pumillus e Bacillus subtilis são reportadas como as mais abundantes bactérias cultivadas na filosfera de plantas de soja (Arias et al., 1999), o que pode indicar o potencial da utilização desses microrganismos para o controle de outras doenças da parte aérea da cultura.
Além destes estudos no Brasil, há na literatura uma grande quantidade de relatos da eficiência de Bacillus subtilis e Bacillus pumilus contra diversos patógenos, especialmente fungos (Tabela abaixo). No controle de bactérias fitopatogênicas, os principais relatos são contra a podridão negra em crucíferas, causada por Xanthomonas campestris pv. campestris (Wulff et al. 2002a,b; Massomo et al. 2004; Monteiro et al. 2005)
Arroz Rhizoctonia Solani Pengnoo et al. (2000)
Beterraba Cercospora beticola Bargabus et al. (2004)
Citrus Penicillium digitatum Huang et al. (1992)
Grão-de -bico Macrophomina phaseolina Akhtar & Siddiqui (2008)
Maçã Venturia inaequalis Kucheryava et al. (1999)
Morango Botrytis Cinerea Swadling & Jeffries (1998)
Trigo Puccinia spp. Morgan (1963)
Trigo Gaeumannomyces Graminis var. tritici Capper & Campbell (1986)
Aplicar através de pulverizações direcionadas às partes aéreas das plantas.
DOSAGEM : – 3 a 4 gramas Microtag Pumilus por Litro de água.
– 500 gr Microtag Pumilus/ha.
*Recomendamos se possível a adição de surfactante, e de 1% de Melaço na calda a ser pulverizada.
Francisco Nuevo
Eng. Agrônomo responsável
Tec Água – Tecnologia da Água Comercial Ltda.
email : nuevo@tecagua.eco.br