Microbiológicos

 

MICROTAG BT kia é um Ativador Biológico a base de Bacillus Thuringiensis subsps. Kurstaki, Israelensis, Aizawai, e mix Bacillus spp.


 

BACILLLUS THURINGIENSIS Var.  KURSTAKI (BTk) :

  • Age em todas as fases de desenvolvimento das lagartas, inclusive no controle das espécies consideradas resistentes aos defensivos agrícolas convencionais;
  • É seletivo. Elimina somente a lagarta e preserva as espécies benéficas e predadoras de pragas. Mantém o equilíbrio biológico na lavoura, sem contaminação ambiental;
  • É eficaz e econômico. Ao ingeri-lo, a lagarta para de comer imediatamente, cessando os danos à cultura, reduzindo assim o número de aplicações. Seu uso contínuo, não provoca o surgimento de lagartas resistentes à sua ação;
  • Microtag BTk não é tóxico, portanto não oferece risco ao aplicador e às pessoas no consumo dos alimentos;

Bacillus thuringiensis, kurstaki : Aprovado pelo FDP – Food and Drug Administration.

 

Abaixo figura que ilustra mecanismo de ação do BT (Bacillus Thuringiensis) : como as toxinas contaminam o inseto. Fonte: Araunah Agro.

 

 

 

Bacillus thuringiensis é uma bactéria gram-positiva e esporulante, descoberta em 1901 no Japão como patógeno do bicho-da-seda. Dez anos depois, uma cepa semelhante foi descoberta infectando traças-da-farinha (Ephestia kuehniella) na região alemã da Turíngia, de onde herdou seu nome científico.  Como a maioria dos organismos patogênicos, B. thuringiensis age apenas sobre um pequeno número de espécies hospedeiras. Desde sua descoberta, mais de 100 cepas diferentes de Bt já foram isoladas, com ação sobre diferentes grupos de insetos-alvo. As mais importantes são a kurstaki e aizawai, usadas contra lepidópteros (lagartas); e a israelensis, empregada no controle de dípteros (moscas e mosquitos).

A transmissão do Bt ocorre por meio de esporos: células bacterianas dormentes capazes de resistir ao calor, dessecação e até radiação. Esses esporos contêm material genético, citoplasma e todas as substâncias necessárias para a sobrevivência da bactéria, em uma forma de animação suspensa; além disso, permanecem encapsulados no interior de cristais, que facilitam a infecção dos insetos hospedeiros. Após serem digeridos pelo inseto suscetível, os cristais se dissolvem, liberando proteínas tóxicas que destroem a membrana do mesêntero (intestino médio) e permitem a proliferação das células bacterianas. Microrganismos oportunistas somam-se à infecção inicial, levando o inseto à morte por um processo de infecção generalizada denominado sepse ou septicemia. Ao final da infecção, quando o corpo em decomposição do inseto torna-se inabitável, as bactérias entram novamente em fase de esporulação, reiniciando o ciclo de infecção em um novo hospedeiro.

Os cristais Bt dissolvem-se apenas sob condições de pH alcalino, encontradas no intestino de certos insetos (como as lagartas). Esse é o motivo pelo qual são inofensivos aos demais animais (incluindo humanos), que apresentam sistema digestivo predominantemente ácido. Várias toxinas podem ser liberadas após a dissolução do cristal, mas apenas as chamadas proteínas Cry (de “crystal”) são utilizadas em inseticidas e plantas transgênicas. Mais de 500 proteínas Cry, pertencentes a 67 classes diferentes, já foram identificadas em variadas cepas de Bt.

Esporos e cristais Bt têm sido formulados e pulverizados em cultivos agrícolas desde 1938. Devido à sua alta especificidade, são considerados produtos altamente seguros, sendo inclusive aprovados para utilização em cultivos orgânicos. Por outro lado, sua eficácia de controle pode ser reduzida pela exposição ao calor intenso e radiação ultravioleta, podendo haver a necessidade de múltiplas aplicações para que se obtenha o controle satisfatório. Portanto, condições adequadas de armazenagem e aplicação são essenciais para garantir a efetividade desses produtos.

As toxinas Bt são altamente seletivas para uma limitada gama de insetos-alvo e, portanto, apresentam riscos mínimos de contaminação para outros organismos. Desse modo, os produtos formulados à base de Bt são considerados extremamente seguros.

 

BACILLLUS THURINGIENSIS Var.  ISRAELENSIS (BTi) :

Bacillus Thuringiensis subsp. Israelenses (BTi) é um microrganismo presente na natureza, utilizado em diversos países no controle de mosquitos, com alta eficiência no controle de larvas de mosquitos das seguintes espécies : Aedes spp,  Culex spp, Similium spp,  Sciaridae spp, Mycetophilidae spp, Keroplatidae spp, e Bradysia spp. Foi o primeiro bacillus da subespécie thuringiensis encontrado, a ser tóxico para larvas de dípteros.

Bacillus thuringiensis subsp. israelensis (Bti) é uma bactéria natural do solo, usada como inseticida microbiano para controlar a propagação de doenças transmitidas por vetores (mosquitos), garantindo saúde pública. Também é utilizada para controlar certos insetos prejudiciais à agricultura. Bti foi descoberto em um lago estagnado em Israel em 1976 (Margalit e Dean 1985). O teste inicial de Bti revelou sintomas agudos de toxicidade para mosquitos (Goldberg e Margalit 1977) e moscas negras (Undeen e Nagel 1978).  Diversas pesquisas demonstraram que o Bti não é tóxico para seres humanos, mamíferos, aves, insetos benéficos, peixes, plantas e a maioria dos organismos aquáticos. Bti é um inseticida com impactos ambientais bastante reduzidos em comparação com inseticidas químicos sintéticos.

As larvas dos insetos controlados pelo BTi, não criam resistência devido aos diferentes modos de ação e sinergia das interações entre as quatro principais toxinas produzidas : Cry4Aa, Cry4Ba,  Cry11Aa e Cyt1Aa .

Na agricultura , o Bti é utilizados para controle das larvas do Fungus Gnats em cultivos hidropônicos e em substratos orgânicos para produção de cogumelos e HF em geral.

Além das larvas de mosquitos , moscas negras, e borrachudos, também controla as seguintes espécies : Tabanus Triceps (díptera : Tabanidae), Anastrepha Ludens, Ceratitis Capitata (díptera : Tephritidae), Tipula Paludosa (díptera: Nematocera), Fungos Gnats : Bradysia Coprophila e Bradysia Impatiens (dípetra : Sciaridae), Rivellia Angulata (díptera : Platystomatidae), Acyrthosiphon Pisum (Hemiptera : Aphidoidea), Macrosiphum Euphoebiae (Homóptera : Aphididae), Anthonomus Grandis (Coleoptera : Tenebrionidae), Chrysomela Scripta ( Coleoptera: Chrysomelidae), Spodoptera Frugiperda (Lepidóptera : Noctuidae), Plutella Xylostella (Lepidóptera : Plutellidae), Meloidogyne Incognita e espécies de Trematóide, Schistosoma Mansoni e Trichobilharzia Szidati (Trematoda : Schistosomatidae).

 

MODO DE AÇÃO

 

O larvicida biológico MICROTAG BTi, possui em sua formulação, esporos vivos e proteínas tóxicas da bactéria Bacillus Thuringiensis subesp. israelensis (BTi). Essas proteínas tóxicas agem em um primeiro momento sobre a larva, paralisando-a e impedindo-a de se alimentar. Em um segundo momento atuam sobre o intestino da larva, causando ruptura da parede intestinal, causando ruptura da parede intestinal, ocasionando extravasamento do líquido digestivo e infeção generalizada.

 

BACILLLUS THURINGIENSIS Var.  AIZAWAI (BTa) :

 BTa é um microrganismo destinado ao controle de lagartas prejudiciais a diversas culturas. Por não ter ação de contato não oferece perigo para insetos benéficos. Age somente contra lepidópteros, não apresentando riscos para o homem e o meio ambiente. Por não afetar as abelhas, pode ser aplicado também durante a floração. Atua por ingestão, provocando a paralisia do canal digestivo das lagartas, dentro de uma a quatro horas após sua ingestão. A partir desse momento elas suspendem sua alimentação, podendo ainda permanecer sobre as plantas de 2 a 5 dias, porém sem causar danos.

  • Age em todas as fases de desenvolvimento das lagartas, inclusive no controle das espécies consideradas resistentes aos defensivos agrícolas convencionais;
  • É seletivo. Elimina somente a lagarta e preserva as espécies benéficas e predadoras de pragas. Mantém o equilíbrio biológico na lavoura, sem contaminação ambiental;
  • É eficaz e econômico. Ao ingeri-lo, a lagarta para de comer imediatamente, cessando os danos à cultura, reduzindo assim o número de aplicações. Seu uso contínuo, não provoca o surgimento de lagartas resistentes à sua ação;
  • Microtag BTa não é tóxico, portanto não oferece risco ao aplicador e às pessoas no consumo dos alimentos;

 

Em trabalho conduzido por Polanczyk e colaboradores, cepas de B. thuringiensis aizawai foram eficientes no controle de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), em condições de laboratório.

A toxicidade da bactéria B. thuringiensis é eficiente em seus insetos-alvo. O patógeno é uma ferramenta alternativa para o controle biológico visando o manejo de insetos-praga de forma segura ao ser humano e ao meio ambiente.

 

 

TABELA DE PRAGAS CONTROLADAS

 

 

 

 

 

 

Francisco Nuevo

Eng. Agrônomo responsável

Tec Água – Tecnologia da Água Comercial Ltda.

email : nuevo@tecagua.eco.br

www.tecagua.eco.br